quarta-feira, 15 de junho de 2016

Que o povo aponte a saída

Ao que tudo indica, o Brasil terá novas eleições presidenciais, e talvez gerais, ainda em 2016. O que desmoronou, depois da Lava Jato, não foi apenas o regime petista, mas sim todo um sistema político erigido sobre o financiamento de campanha empresarial.

O que as delações mais recentes demonstraram é que não há força política viável, do ponto de vista eleitoral, que não tenha sido contaminada pela promiscuidade entre o dinheiro privado e a agenda pública.

O que fica claro, a cada novo áudio, nova denúncia, é que o governo interino de Michel Temer tem prazo de validade. Ciente de sua absoluta impopularidade, ele se refugiou nos palácios, mandou a polícia cercar sua casa em São Paulo e não colocou os pés nas ruas. Manter um governo nessas condições, com o perdão do trocadilho, é uma temeridade num país que, dentro de poucas semanas, será a vitrine do mundo com a realização da Rio 2016.

Portanto, é urgente devolver a democracia plena ao povo brasileiro – o que passa, necessariamente, pela anulação do golpe parlamentar de 2016, que já passou pelas etapas de 17 de abril, na Câmara, e 12 de maio, no Senado, mas ainda não superou sua barreira final, prevista para meados de agosto.

A presidente Dilma Rousseff, por sua vez, embora tenha um mandato legítimo para cumprir até 31 de dezembro de 2018, tem ciência plena de que, hoje, não reúne condições para governar com o Congresso que aí está. Portanto, a saída mais sábia será transferir à população brasileira não apenas o direito de escolher, mas o dever de apontar saídas para o impasse atual por meio de um plebiscito. A democracia passa por sua volta, mas ela terá que exercitar o desapego. Se, no plebiscito, a população decidir por sua permanência, que assim seja.
 
Essa consulta popular, que começou a ser articulada pelo senador Roberto Requião (PMDB-PR), já teria o apoio de 30 senadores – mais do que os 27 necessários para barrar o impeachment no Senado. Se a decisão vier a confirmar a tese de novas eleições, o ideal seria que envolvesse não apenas a presidência da República, mas também todos os cargos da Câmara e do Senado, para que o futuro governo possa dialogar com um parlamento que não tenha sido sequestrado pela lógica do dinheiro. Afinal, de nada adiantaria ter um novo governo submetido ao modelo de extorsão do Executivo pelo Legislativo
 
Fonte: Leonardo Attuch

terça-feira, 14 de junho de 2016

Está tudo muito estranho

Vamos lá... é assim que penso quando começo a escrever...Nesses últimos dias ando meio desmotivada pra escrever, não sei se é um pouco de descrença que estou sentindo de tudo que vejo.
Cada vez me certifico que nós seres humanos somos bichos complicados.

Há dias que acordo cheia de boa vontade, disposta e com uma carga renovada, outros dias, já do nada, vejo apenas o lado mais sombrio da vida.. estranho pensar assim né? Mas isso é ser um humano( pelo menos acho que sim).

Não sei se esse sentimento também se deve a tantas coisas que estou vendo ultimamente: horripilantes. É a intolerância de homofóbicos, é a ação de covardes que estupram mulheres e a perversidade de tantas formas que um animal bruto jamais seria capaz de cometer, é até mesmo uma ofensa comparar animais irracionais com certas atitudes que os ditos animais "racionais"

Ainda bem que sempre temos a capacidade de nos renovar. E de repente penso que estou em um país perfeito pra viver. Com lindas paisagens (exuberantes até), com um povo alegre e hospitaleiro, uma educação mais que perfeita, pois os alunos adoram ir à escola pois é lá que mais se divertem.Sem contar que esse país os políticos que ousam praticar corrupção são punidos de forma exemplar, pra que outros não cometam os mesmos erros. É por isso que praticamente não existe mais corrupção nesse país que moro.

Ops...aí do nada percebo que estava sonhando e volto a minha realidade.Que bom que ainda tenho esperança!!!!

quinta-feira, 9 de junho de 2016

É " volta Dilma" ou novas eleiçoes

Desde que Michel temer assumiu o poder de forma interina  em 12 de maio o Brasil vive expectativas que até o momento não se concretizaram.

Vemos a postura de Temer de duas formas: uma econômica, que busca através de seu ministro  Henrique Meireles, tirar o país dessa retração e instabilidade financeira; a outra forma de Temer agir é na política, essa está mais embaraçosa . A começar pela nomeação de ministros envolvidos em corrupção, mais precisamente 7 ministros, o que não é pouca coisa.

Isso mostra que o presidente interino está meio perdido nesse primeiro mês de seu governo. Sem contar com algumas medidas que esse governo está tomando que mostra mais embaraço, como a retirada do Ministério da Cultura, e depois a volta do mesmo.

Nesta quinta-feira foi divulgada uma pesquisa CNT/MDA mostrou que a administração do presidente interino, Michel Temer, tem uma baixa aprovação quase idêntica à de Dilma Rousseff. O governo do peemedebista é aprovado por apenas 11,3% dos brasileiros. O da petista tinha uma taxa de 11,4%.

A CNT/MDA ouviu 2.002 pessoas em 137 municípios de 25 unidades da Federação no período de 2 a 5.jun.2016.

Diante dessa pesquisa  uma coisa é certa, a tentativa de criar no país um "governo de salvação" por Temer ainda não vingou.

Dessa forma, temos duas alternativas para solucionar essa crise nas instituições políticas : uma é devolver o governo à Dilma, talvez a mais difícil. A outra é fazer novas eleições para o país.


segunda-feira, 6 de junho de 2016

jovem é problema ou solução?

Falar sobre as dificuldades que nossos jovens enfrentam atualmente já não é novidade pra ninguém. Percebemos quantas questões envolvem uma educação e a dificuldade em verdadeiramente colocar os jovens nos caminhos mais seguros para a cidadania.

Vejo, até mesmo com profunda preocupação, que essa geração que está aí ainda não se achou como  juventude. Alienados, (des)informados (com informações superficiais), mal-educados, supérfluos e desorientados talvez esses são os adjetivos que definem grande parte da nossa juventude.

Em períodos de crise, como essa que estamos vivendo, é bom refletirmos sobre de que forma estamos contribuindo para melhorar o nosso país. Mesmo sendo ainda jovens já se pode ajudar, de alguma forma, o nosso Brasil.
 
Diante de tamanhas distorções vemos nos valores da nossa juventude é difícil não imaginar como essa geração de hoje se tornará os adultos que governará o nosso país amanhã.

Hoje vemos uma mídia  manipuladora que consegui conduzir nossa juventude para caminhos nem sempre muito saudáveis, como por exemplo o consumismo. Às vezes numa conversa de poucos minutos sobre o nosso país percebemos como esse jovens repetem discursos vagos e sem  grande empolgação.Essa é a geração que temos pra o amanhã? 

O que estamos fazendo hoje  talvez ainda é insuficiente para educarmos os nossos jovens. Precisamos discutir mais sobre isso. Ainda falamos sobre a maioridade penal para jovens a partir de 16 anos, mas já estamos vendo crianças com 10 anos de idade roubar carro, assaltar com arma de fogo e trocar tiros com a polícia.Precisamos mais do que refletir sobre essa questão precisamos agir. E sempre si perceber como parte de um todo em que eu e você contribui para a formação dos jovens seja com bons exemplos ou com uma boa conversa com nossos filhos.

Não é uma questão para o futuro, e sim uma questão para o hoje.Afinal a juventude é a solução do Brasil.

 
 

quinta-feira, 2 de junho de 2016

60 dias crucial

Começa amanhã uma contagem regressiva crucial para o futuro do governo interino. Se mantida a previsão de votação final do impeachment pelo plenário do Senado no dia 2 de agosto, nestes 60 dias Temer terá que convencer o Brasil de que o país estará melhor com ele, que Dilma deve ser condenada, perdendo o mandato e os direitos políticos por oito anos, sendo ele efetivado para nos governar até 2018.

Convencendo o Brasil, o Senado lhe dará os 54 votos necessários para se tornar presidente de fato.  Do contrário, vai se aprofundar a tendência de alguns senadores a mudar de voto,  frustrando o quórum necessário de dois terços.

Temer sabe que a vitória de 11 de maio pode escorrer pelos dedos. Nas ultimas horas falou em herança, sem usar a expressão maldita, para justificar suas dificuldades. e disse já ter proposto agenda positiva para o país. Vai ver que o pais anda com problema de entendimento, porque não se entusiasmou. Nem mesmo o mercado. As quedas de ministros desgastam mas pesariam menos se o país estivesse apostando alto no governo que assumiu em 12 de maio.  Não é isso que se vê.

E o que virá se, mais perto de agosto, estiver delineado um cenário de absolvição de Dilma?  A questão de honra, para ela, para Lula e o PT, é demonstrar que não houve crime de responsabalidade. Que o impeachment foi um golpe com vestimenta legal. Mas ela mesma sabe que, se tiver os votos para não ser condenada, não terá as condições para voltar a governar. Ainda mais se tiverem sucesso as manobras de Eduardo Cunha para não ser cassado e seguir como eminência parda e poderosa na Câmara. E que volta não seria esta, depois que Temer virou de ponta cabeça a estrutura do governo e descontinuou importantes políticas públicas.

É nesta hora que terá de haver um acordo. Não um acordão secreto entre caciques,  como o do impeachment, descrito por Jucá,  para barrar a Lava Jato. Um acordo nacional, transparente, republicano, no qual todas as forças políticas aceitem zerar a disputa e chamar o povo a decidir nas urnas.

Fonte: Tereza Cruvinel

terça-feira, 31 de maio de 2016

Viva o feminismo!!!!

MISOGENIA, esse é um termo que atualmente sempre estamos ouvindo. Misoginia é a repulsa, desprezo ou ódio contra às mulheres. Esta forma de aversão mórbida e patológica ao sexo feminino está diretamente relacionada com a violência que é praticada contra a mulher.

Nessa nossa sociedade patriarcal que ainda guardamos uma carga hereditária muito grande, pois a mentalidade patriarcal com uma concepção de domínio sobre o outro insiste em permanecer em pleno século XXI.

Nas redes sociais, vejo algumas mulheres fazerem uma espécie de justificativa sobre sua opinião e já inicia afirmando que "não é feminista, mas.." Vejo quanta contradição nesse comportamento até mesmo das mulheres. Ora, ser feminista é lutar pelo respeito, é lutar pela garantia dos seus direitos sejam eles físicos, psíquicos e econômicos. Como que eu não posso dizer que não feminista? Pelo contrário, temos que sempre reiterar que somos feministas SIM.

Nesse contexto percebo que os  homens também sofrem ao tentar garantir o tempo todo essa visão que permanece há tantos anos, com esse mito de masculinidade.O estupro coletivo já existia em outros contextos históricos, até mesmo na Idade Média isso já acontecia, quando a mulher era vista como objeto à disposição do marido.

No passado só se avaliava o estupro como uma violência física, atualmente isso mudou de concepção, até mesmo entre parceiro estáveis pode ocorrer o estupro, o homem tem que ouvir o SIM da mulher.

Sou feminista SIM, e não aceito ninguém dizer que a mulher procura ser estuprada andando em lugares inadequados, com roupas impróprias e provocando os homens. Vivemos em uma sociedade livre, no seu sentido amplo, independente das escolhas que temos, a mulher deve ser respeitada em todas as situações.

 

sábado, 28 de maio de 2016

Economia e organização Política no Brasil: duas faces de uma mesma moeda

Ontem, assistindo uma entrevista que uma famosa jornalista fazia com um analista político, esse afirmava que que a  política brasileira precisava de novos personagens.Em uma das falas dessa jornalista ela afirmava que o que ia mal mesmo era a economia, e que a política brasileira poderia continuar nesse imbróglio, pois, segundo a jornalista, a economia não poderia esperar.

Na hora não consegui entender direito o que ela queria colocar, mas logo em seguida caiu a ficha, a visão  que a grande mídia quer passar agora é que a política está ruim mas o "homem" quer trabalhar e está trabalhando para resolver os problemas do país, sendo  que o maior dele, está  na economia.

Como se fosse fácil solucionar um problema tão crônico como o nosso, sem primeiro não resolver o problema político. Não existe nenhuma possibilidade de um crescimento econômico sem antes resolver a situação política.

Germinamos entre corrupção e exploração, já nascemos como país torto, jamais podemos crescer  enquanto nação sem antes não acabarmos com esse câncer  que corrói qualquer tentativa de desenvolvimento econômico e social.

Na nossa política funciona a seguinte lógica: quem nunca roubou irá roubar, quem nunca recebeu propina foi conivente, quem coordenou movimentos "autenticamente populares" também entrou na onda do jogo de interesse, nada escapa.

Portanto, tentar minimizar os últimos novos fatos com a divulgação desses áudios que coloca no caldeirão todos, inclusive aqueles velhos marajás que se achavam imunes  de respingar qualquer lama, é pensar que todos os brasileiros são imbecis.

A economia, a área social e toda forma de crescimento jamais irá ocorrer sem uma organização da casa, é essa organização que direciona os novos rumos para esse tão esperado crescimento econômico.
 

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Homens, de que lado vocês estão?

Tão chocante quanto o estupro denunciado por uma jovem de 16 anos, que teria envolvido mais de 30 homens, no Rio de Janeiro, e tão chocante quanto os vídeos que mostram seus ferimentos e foram postados na internet, foi a reação de uma parcela da sociedade, que se divertiu nas redes sociais com eles e com a história. E a inação de uma outra parte, que culpou a própria vítima pelo ocorrido ou simplesmente caiu no autoengano de que essa história não nos diz respeito.

No mesmo dia em que o caso gerou indignação nas redes sociais, o novo ministro da Educação recebia o ator Alexandre Frota para discutir a educação (!!!) no Brasil. O mesmo Frota que, durante uma entrevista a um programa de TV, narrou um caso de violência sexual do qual foi protagonista contra uma mãe-de-santo, para deleite da plateia, que ria como se fosse uma piada. Acusado por organizações sociais de estupro e de apologia ao estupro, deu de ombros.

Quando mulheres são sistematicamente estupradas, não apenas seus corpos e almas são violentados. A dignidade de todas as mulheres é coletivamente agredida e negada. Porque falhamos profundamente como sociedade em garantir um dos direitos mais fundamentais. E se isso acontece junto a discursos que louvam ou relativizam esses estupros, podemos começar a nos questionar que tipo de povo somos nós.

Violência sexual não é monopólio de determinada classe social e nível de escolaridade. Quem espanca e violenta pode ter apertado o sinal de parada do ônibus ou roçado o banco de couro de um BMW. O que une os diferentes no Brasil, afinal de contas, não é o futebol, a religião ou a comida. É a violência de gênero. A cultura de estupro é um “privilégio'' masculino, que vem sendo derrubado pelo feminismo ao longo do tempo, mas com dificuldade, porque encontra a resistência de homens pelo caminho

Fonte: blog do Sakamoto

quarta-feira, 25 de maio de 2016

o barco está afundado, salve-se quem puder!!!!



Meu Deus onde estamos? Aonde vamos para com tudo isso? Ainda veem mais coisas para serem reveladas? Essas interrogações sempre aparecem nas nossas cabeças depois de mais um dia de escândalo no Brasil.

Ficamos tristes com mais um confirmação daquilo que já estamos acostumados a saber: na nossa política não existe uma banda podre, existe sim, toda uma podridão. Com o áudio divulgado nesse inicio de semana ainda  conseguimos ficar atônitos . Mas, como sempre, a grande mídia parece querer minimizar os fatos, já perceberam? Se fosse um áudio divulgado com alguém que estivesse do lado da Dilma ou do Lula o impacto seria estrondoso. Não foi bem o que percebemos nos principais noticiários de hoje. Um Juiz do STF minimizou a situação, outro jornal afirmou que irá acompanhar o caso e por enquanto estamos aqui  embasbacados com as afirmações categóricas de Jucá.

Dizer que o processo de impeachment contra a Dilma é uma manobra jurídica e política todos concordam, mas com o vazamento do áudio ficou muito claro, pra quem tem um mínimo de conhecimento do que está acontecendo, que tudo isso é um acórdão político,  melhor dizendo, UM GOLPE!

Pairou uma nuvem negra sobre o Brasil, ou melhor, sobre esses que se dizem nossos representantes, estamos no mar a deriva, mas não é uma mar de água salgada e cristalina. Vivemos agora num mar de lama, de podridão que quanto mais se mexe mais  brota lama fedida.

Com palavras bonitas, com posturas quase serenas e com olhar convicto o comandante dessa embarcação tenta nos convencer que a tempestade irá passar e que depois virá à calmaria com um mar tranquilo  e livre de tormentas. Porém, já somos experientes nesse tipo de embarcação e não acreditamos mais que o mar se acalmará com as rotas que estamos seguindo.

A solução? Não sabemos o que fazeruma coisa é certa, peguemos os nossos coletes salva-vidas por que a qualquer momento esse barco pode afundar e será um salve-se quem puder.






segunda-feira, 23 de maio de 2016

O que nos faz feliz?

Assunto tão amplo  quanto falar sobre qual a diferença entre amor e paixão. Mas não estou falando de uma felicidade com um companheiro, me refiro a momentos felizes. De que maneira poderíamos ser mais felizes?

A felicidade não é um estado contínuo, a vida não é algo perfeita, então o que você está fazendo para se tornar mais feliz?Já ouvi falar que pra  ser feliz  basta ter duas coisas: saúde e pouca memória. Será que é mesmo esse o segredo  para sermos felizes?

Alguns conhecedores da área da psicanálise afirmam que existem três coisas para sermos felizes:
  1. prazer
  2. engajamento
  3. meditação
Felicidade é está perto das pessoas que amamos, é fazer o que gostamos, ou seja, felicidade é algo tão simples para ser alcançada que se analisarmos de forma mais profunda poderíamos afirmar que  não existe a felicidade e sim um estado de felicidade, um momento ou alguns momentos.
 
Também já sabemos que a felicidade não está diretamente relacionada ao dinheiro.Podemos, por um segundo, até acreditar que o dinheiro nos tornaria mais felizes, porém quando vemos quantas pessoas que têm dinheiro e que não são felizes buscando preencher seus vazios com vícios concluímos, que de fato, o dinheiro não nos faz feliz.
 
Então se felicidade são momentos passageiros com alguém ou sozinho, com ou sem dinheiro fica a dica: torne a felicidade o momento agora.
 
 
 
 


sexta-feira, 20 de maio de 2016

De como a política seleciona os piores


Embora tenhamos de levar em conta que os crimes de responsabilidade imputados à presidente Dilma Rousseff são contestados por juristas de renome, que a consideram inocente, não se pode negar que uma pane ética de proporções inéditas alcançou o sistema nervoso central de dois dos Poderes de República: o Executivo e o Legislativo. Talvez Dilma não seja culpada, mas o resto…

Nisso, nesse atestado de falência que ninguém proclama, mas ninguém rejeita, estamos de acordo. Você pode achar que Michel Temer é o salvador da Pátria ou pode achar que Michel Temer é golpista, não importa. Uma coisa você não vai negar: a dinâmica eleitoral no Brasil, em vez de premiar a virtude, o compromisso público, a retidão e a competência, acabou se convertendo num sistema que consagra apenas a esperteza mais baixa e a incompetência mais atroz, à direita e à esquerda. Exceções existem, é claro. São exceções.

Como chegamos a isso? A presente pane ética resultou de uma overdose prolongada do desvios. Levaram o vício tão longe, a um paroxismo tão alucinado, que o sistema que tinha regras ocultas para burlar as regras públicas entrou ele também em colapso. O organismo da corrupção deu “tilt”. Na aparência dessa pane, vemos a burocracia hipertrofiada que se debate sem nenhuma eficácia, vemos a profusão de decisões disparatadas, vexatórias, e a judicialização de tudo e mais um pouco.

Por baixo da aparência, no subterrâneo da crise e dos muitos escândalos diários, estende-se longa história de um modelo de poder assentado em privilégios e abusos, um modelo muito anterior aos mandatos do PT, que soube inventar seu método próprio de reprodução e preservação. O seu método não se resume ao sistema eleitoral vigente, mas aprendeu a se beneficiar dele. A seleção dos piores interessa ao parasitismo instalado no Estado, e é por isso que essa seleção se instalou e se vem perpetuando.

O Congresso Nacional que aí está – eleito e indefinidamente reeleito com base no velho modelo viciado – não tem legitimidade para votar a matéria que decidirá sobre as regras em que se assentam os privilégios dos atuais parlamentares. Não há uma trilha segura para as mudanças necessárias. Uns, de boa-fé, levantam a bandeira de uma nova Constituinte, ou de uma Constituinte exclusiva. Pode ser que estejam certos, mas o futuro é incerto. Haverá energia política, haverá organização da sociedade civil para impor tudo isso? Provavelmente, não.

Diante desse “provavelmente, não”, quem sai ganhando é o modelo posto e os que nele se refestelam. Hoje, para “entrar na política” o sujeito precisa ter estômago e não pode ter coração. Vai conviver com uma circulação feérica de dinheiros sombrios e interesses secretos que são barra pesadíssima. Gente boa, quando passa perto, quer pular fora. Não consegue respirar. Um criminoso se sente em casa.

É por essas e outras que a política no Brasil aprendeu a selecionar os piores. E esses piores são obstinados, gananciosos. Vão ficando piores ainda a cada dia. A política virou a seleção natural às avessas.

Fonte: Eugênio Bucci

quarta-feira, 18 de maio de 2016

A esquerda no Brasil precisa ressucitar

O conceito de "esquerda" tem sua origem no processo histórico na França, com a revolução francesa. Um grupo de trabalhadores chamado jacobinos  se assentavam do lado esquerdo da assembleia, enquanto o outro grupo oposto, considerado conservador fica do lado direito.Essa é a origem da nomenclatura política que categoriza os posicionamentos políticos no interior dos sistemas políticos atuais

Desde o afastamento da Dilma vemos algumas manifestações contra o governo interino de Michel Temer. Muitos não reconhecem um governo que é tão manchado por corrupção quanto o anterior, a exemplo os próprios ministros escolhidos por Temer, parte deles são investigados por corrupção.

Nesse altura do campeonato já começamos a perceber um ostracismo dos partidos de "esquerda" nessa conjuntura política atual.

Na política brasileira, os partidos de esquerda sempre atuaram como oposição, com movimentos unificados de trabalhadores e uma atuação ativa nas instâncias governamentais.

Agora percebemos essa falta de articulação dessa esquerda, os movimentos que vemos nas ruas são organizados por ONGs  que estão se sentindo mal/não representados nesse governo.

Onde será que anda a nossa ESQUERDA? É necessário novos engajamentos políticos desses grupos ideológicos, para que esses pequenos movimentos que ainda resistam tomam fôlego para uma atuação  mais eficaz.

Quando me refiro a esquerda não estou falando de partido de esquerda , mas de postura ideológica não conservadora onde a minorias possam ser representadas e  onde a luta por uma justiça social seja mais próxima do real.







terça-feira, 17 de maio de 2016

O "fora Temer" e a desorientação da esquerda

governo Temer é a expressão de um condomínio de corruptos que desfecharam o golpe de abril. A batalha da “limpeza ética” revelou-se uma grande farsa para justificar o golpe. 

Dos 23 ministros de Temer, nove são citados em denúncias da Lava Jato. O próprio Temer foi alvo de várias citações, acusado de ter recebido propinas. O movimento agora consiste em abafar as investigações e construir uma aparência de moralidade e de normalidade. O juiz Moro, depois de ter rasgado a Constituição, depois de ter cometido uma série de arbitrariedades, depois de ter sido parcial e antirrepublicano, agora pede um “apaziguamento” do Brasil. 

A verdade é que a Operação Lava Jato agora funcionará a fogo baixo até sobrarem apenas cinzas. Nem a mídia, nem Moro, nem ninguém fala mais de que se trata de uma operação “Mãos Limpas” brasileira.A paz dos hipócritas e dos cínicos está decretada.

 O ministério Temer é a expressão da mentalidade machista e escravocrata que predomina na elite brasileira. Ao nomear apenas homens brancos que cheiram o mofo da corrupção e dos vícios da velha política, Temer pratica uma violência e uma discriminação contra a principal força emergente do século XXI: as mulheres. 

Ao excluir os negros simboliza a exclusão e o preconceito contra a maioria negra brasileira e contra os pobres. Em regra, ser negro no Brasil é ser pobre e ser pobre é ser negro. Ser negro e pobre é viver em risco, situação que se agravará sob esse governo de mentalidade machista e escravocrata. Em síntese, o governo Temer é um governo contra as energias sociais novas do Brasil, contra a pluralidade, a diversidade e multiculturalidade. É um governo contra um futuro humano e civilizado do Brasil.

Mas se o PT não travar esta guerra, os progressistas, os movimentos sociais e os outros partidos de esquerda precisarão travá-la. É deste combate que se decidirá se o futuro do Brasil será mais ou menos pior do que é hoje. É deste combate que se dirá se a sociedade será mais ou menos justa e igualitária, com mais ou menos direitos, com mais ou menos bem estar e com mais ou menos dignidade.

Fonte : REVISTA FORUM

quinta-feira, 12 de maio de 2016

PROCURA-SE UM ALIENÍGENA PARA O BRASIL

Cá estou eu pensando um pouco mais do que os habituais questionamentos que sempre que assisto um jornal vem na minha cabeça. Agora o que sinto é uma mistura de  raiva da incompetência política do governo Dilma com um grande pessimismo quanto ao futuro do nosso país.

E nós ficamos aqui com os nossos sentimentos  desgosto, desiludida, descompassada,desanimada,desapontada e tantos outros (des) com o que está acontecendo  com o Brasil.

Obviamente tudo que tem ocorrido nos últimos meses  o governo Dilma tem sua parcela de culpa. Dilma foi incapaz de conduzir o país dentro de um projeto coerente de governo. Também não conseguiu criar uma base aliada forte( até os seus aliados os criticavam). A oposição ganhou fôlego e conduziu o barco para o meio do redemoinho.

Mas o que não consigo me conformar é da forma como os interesses das oligarquias foram colocadas como prioridades. Não consigo ouvir a voz do povo nas falas de deputados e senadores representantes  "legítimos" dos cidadãos.

Não é a mudança que virá com saída de Dilma, nem tão pouco ocorrerá o ordenamento da economia e política. O que virá_ como já citei em posts anteriores_são novos arranjos políticos priorizando antigos grupos que já tinham passados décadas no poder antes do PT assumir.

A tão esperada mudança na política brasileira ainda não acontecerá com a saída de Dilma, após a nomeação dos novos ministros feito por Temer  veremos que a troca de governo foi feita mais as mudanças não.

E nós ficamos aqui esperando uma alma caridosa vir de outro planeta_já que ainda não encontramos nesse_ salvar o Brasil do Brasil.


quarta-feira, 11 de maio de 2016

A SAÍDA DE DILMA E A REACOMODAÇÃO DE INTERESSES

A crise está aí, ostensiva, estrutural, exibindo sua pujança e arrastando seu saco de maldades.

Seu centro não é a economia, que vai mal mas não é determinante, por mais que sirva de base e pretexto para muita coisa. É a política: o sistema, as regras e sobretudo o modo de fazer política, a cultura política. Estão todos tão impregnados das toxinas emitidas pelo sistema que nem sequer conseguem olhar o fundamental. Os que olham, não sabem o que fazer.

Acreditar que um novo tempo começará com o afastamento de Dilma é ingenuidade; dizer isso é tentar criar ambiente. Haverá muito mais continuidade do que ruptura na transição que ocorre no mundo político.

É a mesma elite política, a mesma turma que estava com Dilma e que agora seguirá Temer. Seu limite está dado pelo fato de se fazer sem sintonia com a transição que transcorre no mundo social e que explode nas casas, nos locais de trabalho, nas escolas e nas ruas de alguns anos para cá.

O impedimento de Dilma significa essencialmente a abertura de uma nova oportunidade, que poderá ou não ser aproveitada. Tentativa de acionar um freio de arrumação: reacomodar os interesses e as forças políticas, cuja diáspora levou à morte o governo petista, impedindo-o de governar. 


Não dá livre curso à soberania popular, não a representa no sentido preciso da expressão, ainda que os ecos das ruas se façam sentir no plenário. Os representantes seguem mais as fumaças do poder, que muitas vezes chegam a inebriá-los.

Teremos de aguardar um pouco para saber o que haverá de ruptura neste quadro marcado pela continuidade. A política está sempre a criar fatos e alternativas.

Os aliados e os torcedores do PT hoje estão a esfregar as mãos: vamos sair, mas os primeiros esboços do governo Temer provam o que sempre dissemos. O “golpe” será plenamente revelado quando vier à luz o novo governo, que será tão ruim ou pior que o de Dilma.

Fonte: blog do Marcos Aurélio


terça-feira, 10 de maio de 2016

"Parauapebas, Paraupebas: és estrela entre milhões"

Foi  em 10 de maio de 1988 o governador do estado Hélio da Mota Gueiros sancionou a lei Estadual nº 5.443/88, que criou o Município de Parauapebas.Essa cidade que nasceu depois de muitas conversas políticas na região e depois de um plebiscito realizado em Marabá decidiria se a futura Parauapebas iria se emancipar da sua cidade-sede Marabá.

A Parauapebas de hoje já é uma cidade com mais estrutura, com uma linda sede da prefeitura e câmara municipal, com algumas largas avenidas e com um povo tão eclético que talvez não exageremos quando afirmamos que é uma das cidades que mais recebe migrantes do país.

Uma cidade que surgiu no meio de uma grandiosa floresta que se   caracteriza pela sua grande riqueza mineral e com tantas  outras  belas paisagens naturais.

Diante da crise que assola o nosso país, a cidade não desfruta atualmente de grandes glórias que já fora vistas anteriormente, com sobras de vagas de empregos onde existia uma espécie de escolhas pra ver qual seria o melhor emprego a ser escolhido.Realidade bem diferente que vemos hoje.

Hoje essa jovem cidade que completa seus 28 anos tenta a cada dia vencer os obstáculos, com uma população diversificada e acima de tudo guerreira.Como afirma a letra do hino de Parauapebas " Um povo forte e destemido aqui habita. E luta com coragem e garantia Projeta e executa para colher bons frutos Com trabalho, amor e ousadia"

Parabéns Parauapebas!!!! 

segunda-feira, 9 de maio de 2016

SERÁ QUE É UM COMEÇO DE UMA REVOLUÇÃO?

Nos últimos dias a postura de alguns estudante tem me chamado atenção. Sempre ouço dizer que a educação do nosso país está fracassada e que os jovens de hoje são uns alienados  que só se preocupam com as redes sociais.

Mas as notícias que acompanham na net tem me feito refletir um pouco mais sobre uma mudança de comportamento de alguns jovens.

Já sabemos que a educação é algo mais que primordial em qualquer país, no entanto mesmo com um patamar de investimento (  já está na casa dos bilhões) que se faz na educação todos os anos não percebemos que se tem melhorado. Aí de repente um pequeno grupo de jovens secundaristas  cansados de tanto esperar por uma mudança  na educação, tomam uma atitude aparentemente inútil e sem objetividade nenhuma,  começam ocupar escolas e a assembleia legislativa para chamar atenção.

É claro  que  esse movimento não irá conseguir resolver o problema da educação com essas ocupações, porém essa atitude nos deixa três lições:
  1. não subestimemos a capacidade de organização da nossa juventude, querer é poder!
  2. ainda existe um fio de esperança dos nossos jovens de hoje tornarem -se capazes de conduzir o nosso país para um futuro melhor que o nosso presente.
  3. se o modo como vemos a educação está errado, então a transformação virá através de uma mudança não gradativa, mas revolucionaria.


domingo, 8 de maio de 2016

UMA JUSTIFICATIVA

CAROS AMIGOS GOSTARIA DE  PEDIR DESCULPAS PELA MINHA AUSÊNCIA NO BLOG NOS ÚLTIMOS DIAS. COMO PROFESSORA ESTOU SEMPRE MUITO OCUPADA, COMO MÃE TENHO SEMPRE OS CUIDADOS COM FILHOS E AINDA TENHO QUE DÁ CONTA DE TANTOS OUTROS A FAZERES. MAS TENHO O RESPEITO PELAS PESSOAS QUE ME ACOMPANHAM E POR ISSO MESMO ME SINTO NO DEVER DE ME JUSTIFICAR. DURANTE ESSA SEMANA TEMOS NOVAS POSTAGENS  QUENTINHAS NO BLOG.
UM ABRAÇO.

terça-feira, 26 de abril de 2016

A terceira opção

Com essa situação calamitosa na qual vivemos, o Brasil vivencia uma verdadeira crise institucional. Muito mais do que uma bipolarização entre os dois maiores partidos, hoje estamos diante de situações mais complexas.

Existem os que apoiam a garantia da democracia com a continuidade do governo Dilma, mesmo diante de tantos problemas pra resolver. O país há meses está paralisado com essa situação política.

O outro grupo quer a todo custo retirar o governo pra o vice assumir o país e reconduzi-lo ao crescimento econômico na qual está estagnado com índices alarmantes de desemprego.

No entanto nos últimos dias vem crescendo  o número de pessoas que buscam uma terceira opção__a realização de novas eleições para a escolha de um  presidente. Segundo o colunista Leolpoldo Vieira  a Pesquisa do Ibope divulgada nesta segunda-feira, 25/04/2016, crava que 62% apoiam a convocação de novas eleições, 25% que Dilma fique e reformule o governo e apenas 8% que o vice-presidente Michel Temer assuma".

Hoje o que se percebe é que Dilma ainda detêm um pequeno apoio popular enquanto que o vice não conseguiu emplacar na preferência dos brasileiros. A população, mesmo os que não apoiam o governo, não setem confiança em Temer e muito menos no seu maior aliado Eduardo Cunha. Este  na cola de Temer mancha cada vez mais esse processo de impeachment.

segunda-feira, 25 de abril de 2016

A história, o grito e o muro

Muito se compara o que aconteceu no Brasil em 1964 com o momento que vivemos agora. Talvez coincida o clima beligerante, a preocupação das pessoas com o futuro do país, o agito político e a mídia golpista insuflando as pessoas à embarcarem em sua empreitada anti-democrática. No entanto, se falou tanto sobre riscos de um novo golpe militar, pedido por muitos, mas estamos recebendo um golpe judiciário-midiático – e essa é uma diferença e tanto.

Alguns pontos semelhantes entre 1964 e 2016: o forte viés moralista usado como mote para se dar o bote. Estratagema também usado em outros momentos da história – o destaque é que não é preciso os acusadores possuírem moral ilibada nem provar solidamente qualquer tipo de acusação, – o inverso do previsto em nossa Constituição.

Nesse contexto, dispositivos consagrados na Constituição brasileira tais como a presunção de inocência e o direito à ampla defesa são categoricamente desconsiderados.

Tudo é aceito, pelos “homens de bem”, para que o câncer brasileiro seja extirpado.
É notório que tanto no golpe de estado impetrado em 1964, quanto o que se tenta consolidar hoje, encontra-se o elemento externo. Sabe-se, agora, a forte participação do governo dos EUA na derrubada da democracia brasileira e de tantas outras pelo mundo, naquele momento de forte disputa ideológica, estágio da história em que fincavam sua bandeira imperialista pelo mundo.

Se em meados do século XX, num contexto de pós-guerra e Guerra Fria em vigor, as disputas mundiais possuíam um forte teor nacionalista, em defesa dos Estados-Nação, atualmente, em um contexto marcado pela hegemonia neoliberal e extrema liberalização dos mercados, quem dá as cartas da política global são as grandes corporações, com seus lobbies, com seus poderes cada vez maiores e mais concentrados. E, ao contrário do senso comum, tal poder não influencia apenas um partido. Como se pôde perceber na lista da Odebrecht, trata-se de um problema sistêmico.

Fonte:Cássio Garcia Ribeiro e Mário Tiengo via Pragmatismo Político

quarta-feira, 20 de abril de 2016

Um momento descrito em um poema de Drumond

    O sentimento coletivo do povo brasileiro é sem dúvida nenhuma o de vergonha. De tantas coisas que já passamos a história nos lembra ainda não aprendemos. Vivemos hoje para pagar imposto, sustentar as regalias dos nossos políticos e ser desrespeitados dos nosso direitos. 
    O poema E AGORA, JOSÉ? foi criado por Carlos Drumond  durante a Segunda Guerra Mundial (1945), na época, Brasil vivia um momento difícil com o governo Vargas, e a sensibilidade desse poeta retratou o conflito que exista do cidadão comum com o que vivia. Hoje, esse poema ainda continua tão atual dentro da nossa conjuntura política e social.  
     
    E AGORA, JOSÉ?
               E agora, José?
          A festa acabou,
          a luz apagou,
          o povo sumiu,
          a noite esfriou,
          e agora, José?
          e agora, você?
          você que é sem nome,
          que zomba dos outros,
          você que faz versos,
          que ama, protesta?
          e agora, José?
...
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse,
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você consasse,
se você morresse....
Mas você não morre,
você é duro, José! 

segunda-feira, 18 de abril de 2016

5 lições que devemos tirar da 1ª Etapa do processso impeachment na Câmara Federal

Não vou aqui fazer alusões sobre o que aconteceu ontem em Brasília, não vou externar minha indignação sobre tantos erros que seguem junto ao rito desse processo de impeachment. Mas não poderia deixar de citar algumas lições que aprendemos sobre o que ocorreu no último domingo(17).

  • 1ª lição: como somos péssimos eleitores, não sabemos escolher nossos representantes políticos, pelo que vi e ouvi tantas asneiras tenho a plena convicção que são despreparados esses nossos representantes.

  • 2ª lição: esse processo não é contra o que a Dilma fez, mas o que ela deixou de fazer. Colocou no escanteio os grandes marajás, não permitiu que esses fizesse parte do governo e acabou mexendo no covil de cobra, ou seja, é uma vingança de Cunha e aliados. 
  • 3ª lição: a Dilma não tem amigos, dos 180 a 200 votos que ela esperava conseguir não conseguiu nem 150 votos.
  • 4ª lição: não vai haver nenhuma mudanças, vamos trocar 6 por meia dúzia, mas temos que nos conformar pois o povo tem o governo que merece.
  • 5ª lição: não temos um legislativo sério e coerente, nossa "casa do povo" está mais para "circo dos horrores" com esses deputados que escolhemos.

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Só sei que já não sei de nada

Diante de tantas péssimas expectativas sobre o que passamos atualmente, resolvi postar  um texto muito interessante escrito por Elisangela Frontino, não é um texto sobre a política, mas retrata muito bem a condição que estamos passando, onde não temos certeza de nada. Não sabemos o que nos
 sabemos o que nos aguarda nos próximos dias com tantas coisas incertas na política e economia do Brasil.

"A busca pela “certeza” e “segurança” é prioridade no foco da maior parte das pessoas. E sendo isso também uma das causas do sofrimento e prisão que vivem. Há uma necessidade de ter certeza de quanto irão ganhar no final do mês, uma certeza de que o seu relacionamento conjugal durará até que a morte os separe, certeza de emprego certo. Precisam ter certeza de que o que esperam e calcularam será exatamente aquilo, se não entram em estado de ansiedade, gerando stresse. 

Mas, o interessante é que em suas palavras elas deixam escapar também o desejo de se libertar de um relacionamento no qual não estão mais felizes, no fixo que ganham para garantir somente o pagar contas, e na ilusão da sua certeza experimentam stresse por não estarem vivendo como realmente gostariam  e sim sobrevivendo porque suas escolhas foram feitas baseadas no medo.

Desde muito cedo fomos condicionados, treinados a viver de determinada maneira, acreditando ser o “certo” e “seguro”. A palavra incerteza para nossa mente não soa de forma agradável. Mas, a beleza, a grandeza e o sentido da vida está na incerteza. Se o certo fosse certo poderia engessar e matar o seus sonhos. Aprenda a questionar a si mesmo quando se perceber se dando a sentença final  dizendo que a vida é assim mesmo, o país está em crise, o mundo é uma violência, só irei melhorar de vida quando o governo mudar, não posso, não sou bom o suficiente. Quem ou o que fala isso por você?

É na incerteza, que temos a oportunidade de mudar uma realidade que não queremos mais viver. Mas, se você ainda gosta de ter certeza e está apegado a ela, imagine você com a certeza do diagnóstico do médico dizendo que você vai morrer dentro de tantos dias, pois o seu câncer não tem cura. Ou por você ter nascido em uma família de pouco recurso financeiro e é certo que a sua vida também será assim e por aí vai…

Eu sinto muito em te dizer mas, eu tenho uma triste notícia para você: A certeza para se sentir seguro que você busca não existe em si, a única certeza que podemos ter é o tempo do “agora”, é a única coisa que de fato temos. O passado não existe e o futuro pode não existir."

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Um dia depois do domingo(17)

Já estou até imaginando o que ocorrerá no domingo a tarde nas  principais cidades brasileira com manifestações pró e contra o impeachment. Em São Paulo já está marcado manifestação na avenida paulista com a expectativa de reunir mais de 100 mil pessoas.

Diante desse cenário o que me causa muita estranheza é que já há uma quase certeza absoluta que o impeachment  passará na  Câmara Federal.Existe até mesmo um "bolão" entre os parlamentares para ver quem acertará.Fico eu aqui matutando com meu neurônios_olha só a que ponto chegamos! Esses parlamentares que nós colocamos lá pra nos representar fazendo "bolão" por um assunto tão importante para o país, como se fosse brincadeirinha! Uma atitude, no mínimo de mau gosto.

O que temos também pra nos preocupar é o que ocorrerá  no Brasil após essa avalanche toda de impeachment? Se o governo Dilma continuar ela terá um grande desafio pela frente que será tentar governar diante de uma oposição tão ferrenha que não irá se aquietar até vê-la fora do governo. Por outro lado, se ocorrer o impeachment então a batata quente ficará por conta de Michel Temer e ele resolverá o problema.

Hoje o discurso do vice- presidente é ser uma espécie de salvador da pátria, resolver todas as dificuldades. Já foi criado até mesmo um soneto para Michel Temer:

Já não há o que temer, o vice versa!
E num coração de poeta não há maldade!...
Mas, vixi, vice! Tal intimidade
É melhor no anonimato submersa!

Bom, não há o que temer, se bem não versa, 
Mostra em belas cartas sua lealdade!...
Mas, vixi, vice! Chamas a isto lealdade?  
Olha que bem parece a coisa inversa!

Enfim, não há muito que temer, nosso vice
É decorativo... Mas que atitudes...
Tu tens umas asinhas bem pra fora!  

Vazou na net teu discurso agora!?
Bem pior seria se fossem teus nudes!
Hum... o vice quer é ser um vice-versa...

                                                           Sandor Buys 

Então quem viver verá o que restará do Brasil depois de domingo e aguardamos que entre os escombros que restarem desse país seja possível restaurá-lo.