quarta-feira, 15 de junho de 2016

Que o povo aponte a saída

Ao que tudo indica, o Brasil terá novas eleições presidenciais, e talvez gerais, ainda em 2016. O que desmoronou, depois da Lava Jato, não foi apenas o regime petista, mas sim todo um sistema político erigido sobre o financiamento de campanha empresarial.

O que as delações mais recentes demonstraram é que não há força política viável, do ponto de vista eleitoral, que não tenha sido contaminada pela promiscuidade entre o dinheiro privado e a agenda pública.

O que fica claro, a cada novo áudio, nova denúncia, é que o governo interino de Michel Temer tem prazo de validade. Ciente de sua absoluta impopularidade, ele se refugiou nos palácios, mandou a polícia cercar sua casa em São Paulo e não colocou os pés nas ruas. Manter um governo nessas condições, com o perdão do trocadilho, é uma temeridade num país que, dentro de poucas semanas, será a vitrine do mundo com a realização da Rio 2016.

Portanto, é urgente devolver a democracia plena ao povo brasileiro – o que passa, necessariamente, pela anulação do golpe parlamentar de 2016, que já passou pelas etapas de 17 de abril, na Câmara, e 12 de maio, no Senado, mas ainda não superou sua barreira final, prevista para meados de agosto.

A presidente Dilma Rousseff, por sua vez, embora tenha um mandato legítimo para cumprir até 31 de dezembro de 2018, tem ciência plena de que, hoje, não reúne condições para governar com o Congresso que aí está. Portanto, a saída mais sábia será transferir à população brasileira não apenas o direito de escolher, mas o dever de apontar saídas para o impasse atual por meio de um plebiscito. A democracia passa por sua volta, mas ela terá que exercitar o desapego. Se, no plebiscito, a população decidir por sua permanência, que assim seja.
 
Essa consulta popular, que começou a ser articulada pelo senador Roberto Requião (PMDB-PR), já teria o apoio de 30 senadores – mais do que os 27 necessários para barrar o impeachment no Senado. Se a decisão vier a confirmar a tese de novas eleições, o ideal seria que envolvesse não apenas a presidência da República, mas também todos os cargos da Câmara e do Senado, para que o futuro governo possa dialogar com um parlamento que não tenha sido sequestrado pela lógica do dinheiro. Afinal, de nada adiantaria ter um novo governo submetido ao modelo de extorsão do Executivo pelo Legislativo
 
Fonte: Leonardo Attuch

terça-feira, 14 de junho de 2016

Está tudo muito estranho

Vamos lá... é assim que penso quando começo a escrever...Nesses últimos dias ando meio desmotivada pra escrever, não sei se é um pouco de descrença que estou sentindo de tudo que vejo.
Cada vez me certifico que nós seres humanos somos bichos complicados.

Há dias que acordo cheia de boa vontade, disposta e com uma carga renovada, outros dias, já do nada, vejo apenas o lado mais sombrio da vida.. estranho pensar assim né? Mas isso é ser um humano( pelo menos acho que sim).

Não sei se esse sentimento também se deve a tantas coisas que estou vendo ultimamente: horripilantes. É a intolerância de homofóbicos, é a ação de covardes que estupram mulheres e a perversidade de tantas formas que um animal bruto jamais seria capaz de cometer, é até mesmo uma ofensa comparar animais irracionais com certas atitudes que os ditos animais "racionais"

Ainda bem que sempre temos a capacidade de nos renovar. E de repente penso que estou em um país perfeito pra viver. Com lindas paisagens (exuberantes até), com um povo alegre e hospitaleiro, uma educação mais que perfeita, pois os alunos adoram ir à escola pois é lá que mais se divertem.Sem contar que esse país os políticos que ousam praticar corrupção são punidos de forma exemplar, pra que outros não cometam os mesmos erros. É por isso que praticamente não existe mais corrupção nesse país que moro.

Ops...aí do nada percebo que estava sonhando e volto a minha realidade.Que bom que ainda tenho esperança!!!!

quinta-feira, 9 de junho de 2016

É " volta Dilma" ou novas eleiçoes

Desde que Michel temer assumiu o poder de forma interina  em 12 de maio o Brasil vive expectativas que até o momento não se concretizaram.

Vemos a postura de Temer de duas formas: uma econômica, que busca através de seu ministro  Henrique Meireles, tirar o país dessa retração e instabilidade financeira; a outra forma de Temer agir é na política, essa está mais embaraçosa . A começar pela nomeação de ministros envolvidos em corrupção, mais precisamente 7 ministros, o que não é pouca coisa.

Isso mostra que o presidente interino está meio perdido nesse primeiro mês de seu governo. Sem contar com algumas medidas que esse governo está tomando que mostra mais embaraço, como a retirada do Ministério da Cultura, e depois a volta do mesmo.

Nesta quinta-feira foi divulgada uma pesquisa CNT/MDA mostrou que a administração do presidente interino, Michel Temer, tem uma baixa aprovação quase idêntica à de Dilma Rousseff. O governo do peemedebista é aprovado por apenas 11,3% dos brasileiros. O da petista tinha uma taxa de 11,4%.

A CNT/MDA ouviu 2.002 pessoas em 137 municípios de 25 unidades da Federação no período de 2 a 5.jun.2016.

Diante dessa pesquisa  uma coisa é certa, a tentativa de criar no país um "governo de salvação" por Temer ainda não vingou.

Dessa forma, temos duas alternativas para solucionar essa crise nas instituições políticas : uma é devolver o governo à Dilma, talvez a mais difícil. A outra é fazer novas eleições para o país.


segunda-feira, 6 de junho de 2016

jovem é problema ou solução?

Falar sobre as dificuldades que nossos jovens enfrentam atualmente já não é novidade pra ninguém. Percebemos quantas questões envolvem uma educação e a dificuldade em verdadeiramente colocar os jovens nos caminhos mais seguros para a cidadania.

Vejo, até mesmo com profunda preocupação, que essa geração que está aí ainda não se achou como  juventude. Alienados, (des)informados (com informações superficiais), mal-educados, supérfluos e desorientados talvez esses são os adjetivos que definem grande parte da nossa juventude.

Em períodos de crise, como essa que estamos vivendo, é bom refletirmos sobre de que forma estamos contribuindo para melhorar o nosso país. Mesmo sendo ainda jovens já se pode ajudar, de alguma forma, o nosso Brasil.
 
Diante de tamanhas distorções vemos nos valores da nossa juventude é difícil não imaginar como essa geração de hoje se tornará os adultos que governará o nosso país amanhã.

Hoje vemos uma mídia  manipuladora que consegui conduzir nossa juventude para caminhos nem sempre muito saudáveis, como por exemplo o consumismo. Às vezes numa conversa de poucos minutos sobre o nosso país percebemos como esse jovens repetem discursos vagos e sem  grande empolgação.Essa é a geração que temos pra o amanhã? 

O que estamos fazendo hoje  talvez ainda é insuficiente para educarmos os nossos jovens. Precisamos discutir mais sobre isso. Ainda falamos sobre a maioridade penal para jovens a partir de 16 anos, mas já estamos vendo crianças com 10 anos de idade roubar carro, assaltar com arma de fogo e trocar tiros com a polícia.Precisamos mais do que refletir sobre essa questão precisamos agir. E sempre si perceber como parte de um todo em que eu e você contribui para a formação dos jovens seja com bons exemplos ou com uma boa conversa com nossos filhos.

Não é uma questão para o futuro, e sim uma questão para o hoje.Afinal a juventude é a solução do Brasil.

 
 

quinta-feira, 2 de junho de 2016

60 dias crucial

Começa amanhã uma contagem regressiva crucial para o futuro do governo interino. Se mantida a previsão de votação final do impeachment pelo plenário do Senado no dia 2 de agosto, nestes 60 dias Temer terá que convencer o Brasil de que o país estará melhor com ele, que Dilma deve ser condenada, perdendo o mandato e os direitos políticos por oito anos, sendo ele efetivado para nos governar até 2018.

Convencendo o Brasil, o Senado lhe dará os 54 votos necessários para se tornar presidente de fato.  Do contrário, vai se aprofundar a tendência de alguns senadores a mudar de voto,  frustrando o quórum necessário de dois terços.

Temer sabe que a vitória de 11 de maio pode escorrer pelos dedos. Nas ultimas horas falou em herança, sem usar a expressão maldita, para justificar suas dificuldades. e disse já ter proposto agenda positiva para o país. Vai ver que o pais anda com problema de entendimento, porque não se entusiasmou. Nem mesmo o mercado. As quedas de ministros desgastam mas pesariam menos se o país estivesse apostando alto no governo que assumiu em 12 de maio.  Não é isso que se vê.

E o que virá se, mais perto de agosto, estiver delineado um cenário de absolvição de Dilma?  A questão de honra, para ela, para Lula e o PT, é demonstrar que não houve crime de responsabalidade. Que o impeachment foi um golpe com vestimenta legal. Mas ela mesma sabe que, se tiver os votos para não ser condenada, não terá as condições para voltar a governar. Ainda mais se tiverem sucesso as manobras de Eduardo Cunha para não ser cassado e seguir como eminência parda e poderosa na Câmara. E que volta não seria esta, depois que Temer virou de ponta cabeça a estrutura do governo e descontinuou importantes políticas públicas.

É nesta hora que terá de haver um acordo. Não um acordão secreto entre caciques,  como o do impeachment, descrito por Jucá,  para barrar a Lava Jato. Um acordo nacional, transparente, republicano, no qual todas as forças políticas aceitem zerar a disputa e chamar o povo a decidir nas urnas.

Fonte: Tereza Cruvinel