A campanha presidencial
dos Estados Unidos já começou alguns meses atrás. Embora ainda não foram
definidos quem serão os dois candidatos à presidência podemos já fazer algumas considerações sobre
as eleições dessa grande potência mundial.
No país mais poderoso
do mundo a lógica do processo eleitoral é meio inversa. O país é bipartidário
com democratas de um lado e republicanos do outro, esses dois partidos dividem
o país durante um período de quase um ano pra se saber qual partido vencerá na
eleição.
O sistema é tão
confuso, que mistura uma espécie de movimentos comunitários de cada estado do
país com Igrejas e até residências particulares pra determinar qual será o
representante a concorrer à eleição de cada partido. Sem contar que nessas
eleições o que determina o resultado são os votos dos delegados, ou seja, cada
candidato deverá conseguir um numero máximo de apoio desses delegados para sair
vitorioso.
Mas quem pense que a
democracia na América do Norte é seletiva - pois só votam os delegados- e não tão clara, por demorar tanto tempo e ser um pouco
confusa, está enganado. Lá o sistema eleitoral é muito bem monitorado pela
justiça. Qualquer cidadão pode ajudar na campanha com doações e é isso que cada
candidato almeja, no entanto as vultosas quantias arrecadadas para serem gastas
durante a campanha vêm de grandes indústrias principalmente dos setores de
tecnologias e farmacêuticas e tudo muito às claras da justiça.
Diferente desse nosso
lindo país tropical que existem as doações feitas por pessoas físicas e jurídicas,
mas o que prevalece mesmo são as “doações” de grandes empresas por debaixo dos
panos. Como quem dá quer receber, aqui essas empresas quer receber tudinho com
juros e correção.
No Brasil temos tantos
partidos ( mais de 30) que nem mesmo conseguimos citar o nome de todas as
legendas partidárias. Esses partidos recebem também uma contribuição do governo
o chamado Fundo Partidário, ou seja, nosso dinheiro. E a lógica funciona assim:
quanto mais partido, mais dinheiro do contribuinte é “dado” para esses
partidos.
Que o nosso sistema
eleitoral já melhorou não podemos negar, o voto de cabrestos lá do passado já
não é tão escancarado, o “curral eleitoral” na época do coronelismo também teve
suas baixas. A nossa justiça eleitoral tem modificado muito a cultural que existia da compras de
votos. Mas ainda há muito que fazer. E que possamos aprender cada vez mais como
se faz política e se exerce a democracia no nosso país.
http://blogdaneiapedrosa.blogspot.com.br/
ResponderExcluirÓtimo texto
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