quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

O que podemos aprender com as eleições nos Estados Unidos



A campanha presidencial dos Estados Unidos já começou alguns meses atrás. Embora ainda não foram definidos quem serão os dois candidatos à presidência  podemos já fazer algumas considerações sobre as eleições dessa grande potência mundial.

No país mais poderoso do mundo a lógica do processo eleitoral é meio inversa. O país é bipartidário com democratas de um lado e republicanos do outro, esses dois partidos dividem o país durante um período de quase um ano pra se saber qual partido vencerá na eleição.

O sistema é tão confuso, que mistura uma espécie de movimentos comunitários de cada estado do país com Igrejas e até residências particulares pra determinar qual será o representante a concorrer à eleição de cada partido. Sem contar que nessas eleições o que determina o resultado são os votos dos delegados, ou seja, cada candidato deverá conseguir um numero máximo de apoio desses delegados para sair vitorioso.

Mas quem pense que a democracia na América do Norte é seletiva - pois só votam os delegados- e não  tão clara, por demorar tanto tempo e ser um pouco confusa, está enganado. Lá o sistema eleitoral é muito bem monitorado pela justiça. Qualquer cidadão pode ajudar na campanha com doações e é isso que cada candidato almeja, no entanto as vultosas quantias arrecadadas para serem gastas durante a campanha vêm de grandes indústrias principalmente dos setores de tecnologias e farmacêuticas e tudo muito às claras da justiça.

Diferente desse nosso lindo país tropical que existem as doações feitas por pessoas físicas e jurídicas, mas o que prevalece mesmo são as “doações” de grandes empresas por debaixo dos panos. Como quem dá quer receber, aqui essas empresas quer receber tudinho com juros e correção.

No Brasil temos tantos partidos ( mais de 30) que nem mesmo conseguimos citar o nome de todas as legendas partidárias. Esses partidos recebem também uma contribuição do governo o chamado Fundo Partidário, ou seja, nosso dinheiro. E a lógica funciona assim: quanto mais partido, mais dinheiro do contribuinte é “dado” para esses partidos.

Que o nosso sistema eleitoral já melhorou não podemos negar, o voto de cabrestos lá do passado já não é tão escancarado, o “curral eleitoral” na época do coronelismo também teve suas baixas. A nossa justiça eleitoral tem modificado  muito a cultural que existia da compras de votos. Mas ainda há muito que fazer. E que possamos aprender cada vez mais como se faz política e se exerce a democracia no nosso país.

2 comentários: